domingo, 7 de setembro de 2008

# LIBERDADE, SEU NOME É IGUALDADE DE INDEPENDÊNCIA

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INDEPENDÊNCIA - palavra que transporta a um ideal de liberdade em poder decidir dentro de um padrão de igualdade de oportunidades setoriais, sobre a escolha daquilo que seja ou não importante para o universo privado de cada um.

Quando se vive em um país em que o padrão de sustentação da liberdade e da igualdade que dá nascedouro ao verdadeiro sentido da independência, é visto dentro de um jogo de merecimentos ou de prioridades escusas, nos deparamos com a eterna máscara com a qual se reveste a continuidade do poder nas mãos de uns poucos. O pior é quando estes poucos são homens públicos eleitos pelo voto direto, ditos representantes do povo.

O que dizer quando as escolhas se resumem muitas das vezes na necessidade de um prato de comida por dia que fosse, ou uma cama quente para descansar um corpo repleto de chagas e uma mente eternizada por traumas, frustrações e desencantos.

Não há o que se dizer senão que - “Respeitáveis senhores da República, seu ideal de um Estado próspero e desenvolvido, nada mais é que a expressão de sua vaidade e, o que vivemos é na verdade um atraso histórico e desumano patrocinado pela hipocrisia de suas atitudes vis e egoístas. Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim”.

Mas o Movimento Livro nas Mãos está aqui para fazer mais do que seu registro de indignação no dia em que se comemora a Independência, pois, por tal movimento somos levados a perceber e a levantar uma bandeira que nos constitui eternos aprendizes neste mundo cruel, nos levando a entender a vida, quando, por exemplo, nesta semana pude me deparar com um homem que nem imaginava soubesse ler, e a cena que presenciei com a sua leitura calma e serena de um dos livros que compõem a Bíblia, me lançou a um mundo imaginário onde a liberdade, a igualdade e a independência estivessem de fato unidas.

Aquele homem munido de alguns poucos pertences, recostado a um muro na frente da Câmara Municipal da cidade de São Paulo, fazia uma leitura atenta e tranqüila de tal livro, que não identifiquei qual fosse dentre os que compõem a escritura judaico-cristã, mas, não importando de onde emanasse o poder humano, o divino naquela hora parecia despi-lo de todos aqueles trapos, banhá-lo e perfumá-lo o corpo fedorento a semanas, preenchê-lo o estômago com manjares nutritivos, a ponto dele se encontrar com um tênue sorriso nos lábios que poderia ser chamado “Liberdade, seu nome é Igualdade de Independência”.

E a única coisa que me veio à mente, em seguida a todos os exemplos que aquela cena me passou, foi – “Este homem faz parte do Movimento Livro nas Mãos, e com ele, e por ele, edificará de alguma forma quem por aqui passar, assim como eu passei, acreditando-me independente”.
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SADY FOLCH

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