Ele estava na janela. Eu lia um livro enquanto caminhava na esteira (isto que eu chamo de unir pique intelectual com pique físico, mas deixa pra lá...).
O livro era o primeiro volume de Crônicas de Spiderwick, de Tony DiTerlizzi e Holly Black, um dos clássicos para crianças que virou filme.
Apoiado na janela (que fica bem perto da esteira de ginástica), um vento bateu e o levou. Era o marcador do Movimento Livro Na Mão.
Voou, voou. Olhei pela janela, observei a rua, outros parapeitos. Nada.
Lembrei-me da pena que voa pelas histórias de Forrest Gump.
Imaginei-a voando rua abaixo, fazendo a curva, esbarrando em uma senhora que sobe a ladeira com dificuldade. Ela olha, acha graça do nome do nosso blog. Mas o marcador não nasceu para ficar parado e voa das mãos da velhinha. Ela recorda de um livro da adolescência. Suspira e sorri.
O marcador segue. Bate na mochila de uma criança, entra numas das bolsinhas de fora. O menino percebe, arranca e lê. Lembra que ganhou um livro de aniversário e ainda não terminou de ler. O marcador voa de novo, mas ele volta para casa porque resolve carregar o livro para o passeio na casa do colega.
O marcador voa alto e desce. É um parque. Ele avista um casal sentado na grama. Cai entre os dois. Um deles, exalta-se: "exatamente o que eu precisava! Meu marcador caiu no meio do caminho!". O outro observa os dizeres. "Vou ver esse blog assim que chegar em casa".
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Você viu um marcador aí?
Postado por Cristiane Rogerio às 11:26
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2 comentários:
Olá!
Gostei muito do movimento!!! e do blog!! :D
Na verdade sempre me senti orgulhoso de andar com um livro na mão, desde criança...
Agora sabendo do movimento vou andar sempre com um, sem medo de parecer esnobe... uhauhauhauah
Adicionei o blog de voces como favorito no meu!
Abraço!
Descobri o movimento no Jornal Rascunho desse mês. Amei tanto que já divulguei em meu blog.
Sinto-me militante anônima desse movimento, pois nunca falta um livro em minha bolsa. Às vezes, leio dois ao mesmo tempo. Revistas não têm vez no salão de beleza, em consultório médico, ou na fila do banco.
Um livro sempre nas mãos. A isca perfeita para pescar bons leitores. Fiz isso em casa e deu certo. Meu filho de 10 anos lê por paixão. Já leu mais de 30 livros, alguns com cerca de 500 páginas. Sempre carrega um na mochila. Acabou o dever, pega o livro. Os professores curtem e incentivam. Troca livros com eles. Venceu o preconceito, e conseguiu adeptos na própria turma. Alguns colegas que antes torciam o nariz, agora passam a pedir emprestado.
Parabéns pela idéia.
Bjs
Ana Cristina Melo
(http://canastradecontos.blogspot.com)
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