Ao voltar com o livro Oficina do Escritor, do prof. Nelson de Oliveira de uma pausa nicotinosa, entro no escritório e ouço:
- Que livro é esse?
Mônica, a multifacetada recepcionista do escritório onde trabalho, estudante de tradução e sempre interessada, pergunta. E eu começo a explicação do Curso de Formação de Escritores, do Prof. Gabriel Perissé, do Prof. Nelson que agora está nos guiando pelo mundo da lírica, do nosso lindo e frutífero Movimento Livro nas Mãos e, tão logo começo a comentar do pessoal que está no curso surge Clara, a RP da empresa. Maluca confessa e divertidíssima, ela deu seu depoimento:
- Eu encapo todos os meus livros para ninguém olhar a capa. Me sinto invadida, incomodada. Desde os tempos da faculdade de psicologia. Imagine eu, no metrô, lendo "A função do orgasmo". Nem pensar.
Rimos muito e então expliquei o mote do nosso movimento: incentivar a leitura por exibição e, a partir daí, pela repetição do gesto por outras pessoas. Ela achou o máximo, pediu o blog e já teve uma idéia instantânea: que tal fazermos uma bibliotequinha aqui no trabalho?
Topada a idéia, a partir de amanhã as pessoas levarão livros que serão devidamente catalogados para empréstimo de outros funcionários, num sistema de colaboração. Sabemos que livros não se emprestam nem se devolvem, mas para disseminar a leitura, fazemos qualquer negócio. Depois eu volto e conto como anda a experiência com a biblioteca do povo do trabalho.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Aconteceu no trabalho
Postado por Petê Rissatti às 21:00
Marcadores: Experiências
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5 comentários:
Olá, Cris. Descobri seu movimento quando pesquisava sobre sua leitora Paula Akkari.
Por acaso já sou há tempos partidário dele, mesmo antes de conhecê-lo. Veja neste tópico de meu blogue: http://cadeorevisor.wordpress.com/2008/03/12/um-revisor-em-brasilia
Ando sempre com um livro embaixo do braço e costumo marcar minha mesa nos restaurantes com meus livros.
Abraço,
Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com
Cheguei aqui através do blog Cadê o Revisor? (do comentário aí de cima) e já me senti em casa.
Sempre carrego um livro na bolsa, mesmo que não tenha tempo pra ler... o que é difícil já que ônibus e suas respectivas filas são ideais, e já não posso imaginar a espera sem palavras para me deleitar.
Parabéns pelo movimento e pode contar comigo para passa-lo pra frente!
Beijos!
Sweet T (www.sweetepiphany.wordpress.com)
Rapaz, hoje estou na trilha certa. Vim até aqui pelo blog da Paula Akkari, que o Pablo do Cadeorevisor indicou. Uma corrente do bem. Adorei a idéia de carregar sempre um livro. Vou experimentar fazer isto. Começo amanhã, quando vou tomar um ônibus pra ir à aula de Pilates. Depois venho contar ou conto no blog Linha
http://anny-linhaozzy.blogspot.com/
Petê, o engraçado é que sempre tive o costume de andar com o livro que estava lendo, mas ele sempre protegido por uma capinha feita de papel de revista. Mas, agora, por conta do nosso movimento, ando orgulhosa com meus exemplares a descoberto. Faz mais efeito, concordo! Dias desses estava lendo no salão de beleza, e o cabelereiro que cuidava da moça ao meu lado esticava o olho a cada movimento da escova...rsrs Quando fui lavar o cabelo lá no fundo do salão, deixei o livro bem encima da bancada. Espero que ele tenha espiado...Era um da Hilda Hilst....
Menina, sou viciadinha mesmo....
Quero ter mais contato com gente que muda a realidade a partir dos livros que lê.
E olha que não tenho preconceito literário nenhum.....Acho que podemos aprender um pouco com cada um deles...
Beijocas
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