Pessoas da jornada literária, vocês tem que ouvir esta. Foi digna da proposta que nasceu do Gabriel e tomou forma através da Cris, que idealizou a formação do blog – Movimento Livro nas Mãos – executado pela presteza do Peterso que não titubeou em dar-lhe forma.
Estava eu esta manhã escolhendo na minha modesta biblioteca um dos livros de poemas a que deveria, por indicação do Nelson de Oliveira, obter maior intimidade com o autor e seus escritos, quando saquei que o chamado vinha de Alberto Caeiro. Feliz pela opção, coloquei a conta que deveria me levar ao banco mais próximo dentro do livro. Lá fui eu. Sem agüentar mais que cem metros, comecei a ler a nota inicial, lembrando do Gabriel que diz ter gente que anda na rua fazendo isso. Chegando ao banco, havia uma só pessoa à minha frente. Aguardei, e enfim, me aproximei do senhor que me atenderia. Num gesto simples, coloquei o livro num apoio que tinha a minha frente e que não lhe dava a opção de ver o que eu estivesse lendo. A pergunta foi imediata, antes mesmo de eu lhe entregar a conta.
- “Esse é um livro de poesia?”
A minha surpresa foi tamanha, que não pude esconder minha alegria. Tanto pelo Movimento Livro nas Mãos, quanto pelo interesse daquele senhor pela poesia.
Levantei o livro para ele como um sol que se aponta no horizonte, que com um sorriso disse que Fernando Pessoa era seu preferido. Ele e eu passamos a falar dos heterônomos, enquanto que, com uma perfeição automática, executava meu pedido. Disse-me inclusive ter encontrado no wall mart uma fotobiografia do famoso lusitano. O senhor Luis Antônio é filho de português que, como não podia deixar de ser, gosta e lê Fernando Pessoa.
Não me contive e comecei a lhe falar do curso que estamos fazendo. Por aí vocês imaginam. Solicitei-lhe um papel e ali passei os endereços eletrônicos da escola, do Gabriel, e do blog que estamos escrevendo. Ele se interessou e me confidenciou que eles, no Banco do Brasil, têm o hábito de participarem de concursos internos de elaboração de textos literários. Nesse momento, eu já de lado, ouvi a moça que agora era atendida em meu lugar, a perguntar sobre o assunto que conversávamos...também a Sílvia gostava de Fernando Pessoa....saímos eu e ela do banco ainda falando do lusitano, quando então, resolvi refazer todo o ritual de endereços do curso novamente.
Ganhei a manhã, e mais do que nunca, confirmei a feliz idéia de Gabriel e Cristiane.
2 comentários:
Muito legal.
Parece que estou vendo a cara do Sady todo empolgado propagando o curso para o pessoal no banco. Seu papo contagia. O Gabriel arrumou excelentes aliados, não?
Aliás, façamos isso: levemos o livro ao banco. Ele é uma excelente companhia e não é barrado pelo detector de metais.
Cris, não pude deixar de levar sua idéia ao meu blog.
Esta é uma idéia que deve ser sempre encorajada, e vou mais longe, acho que o livro não deve ser levado só para fazer cia, mas para realmente ser lido.
Parabéns pela idéia.
Um abraço
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