Num consultório médico numa quarta à tarde, acompanhada por Cecília Meireles, descobri que a tarefa de provocar curiosidade sobre a leitura não é tão simples. Na sala de espera, além de Cecília e eu, haviam uma mulher e seu laptop e um homem e seu iphone. Ambos mergulhados na tecnologia. Peguei o livro, dessa vez, não para ler. Abri, fechei, folhei com vontade para que as folhas cantassem. Li trechos, sonorizei palavras, sacudia-me na cadeira. E nada. Só consegui um segundo de atenção, quando ao ser chamada pela secretária, reclamei: "justo agora, na melhor parte!". Enfim, pelo menos souberam que meu protesto era a revolta de interromper uma ótima leitura. Vida eterna aos livros!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
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